Instituto Ricardo Brennand

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sean foi 'blindado' para não falar com família brasileira, diz avó

Desde que Sean Goldman embarcou para os Estados Unidos com o pai americano, um ano atrás, a família brasileira diz que conseguiu apenas cerca de três trocas de e-mails com o menino e cinco telefonemas. Após um último contato por telefone em junho, a avó, Silvana Bianchi, afirma que o neto está inacessível.


"O Sean ficou blindado. Ele não tem celular, não tem e-mail, não tem nada. Ou, se tem, nós não temos conhecimento de nada, porque é tudo tão vigiado que ele não pode se comunicar conosco", diz Silvana.

"Na escola ele é vigiado o tempo inteiro, dentro de casa ele é vigiado o tempo inteiro", acrescenta a avó de Sean, que recebeu a BBC Brasil em seu apartamento no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.

Padrasto do menino, o advogado João Paulo Lins e Silva diz que a família anseia por notícias e está entregue à especulação. "A gente não sabe se ele está gordo, se está magro, se está limpo, de banho tomado. Se dizem que ele está bem adaptado, por que não mostram?", questiona.

De acordo com Lins e Silva, não existe uma determinação judicial nos Estados Unidos que obrigue o pai a fazer contato com a família brasileira.

"Mas o problema é que não conseguimos fazer contato com ele. O telefone que tínhamos, o David (Goldman, pai do menino) trocou. O celular, ele não atende", diz o padrasto. "Ninguém quer ser invasivo, mas o mínimo que gostaríamos é uma notícia."

Da BBC.