Washington teme que armamento vendido por Moscou a Caracas possa ir parar nas mãos das FARC colombianas. Mas não acredita que as ambições nucleares de Hugo Chávez possam ir avante.
A Rússia vendeu à Venezuela pelo menos 100 mísseis aéreos Igla (agulha), uma arma de manuseio individual que os Estados Unidos da América consideram "das mais mortíferas já fabricadas".
A revelação foi feita por funcionários do Governo russo a diplomatas americanos, no ano passado, segundo um telegrama revelado pelo site Wikileaks.
Embora a compra deste material fosse conhecida, não se sabia a quantidade. Os números agora divulgados provam a estreita colaboração militar entre Caracas e Moscou, que envolvem o vice-primeiro-ministro ursso Igor Sechin.
Washington está preocupada e já pediu aos russos que não vendam armas aos venezuelanos, pois teme que possam ir parar às mãos das FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, uma organização terrorista. Os helicópteros dos EUA que apoiam o exército de Bogotá seriam um alvo óbvio.
A inquietude americana surge após terem sido descobertas mensagens de militares venezuelanos no computador do antigo líder das FARC Raul Reyes, já morto.