Instituto Ricardo Brennand

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Justiça britânica nega fiança a fundador do WikiLeaks

A Justiça britânica negou o pedido de libertação sob fiança do fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, que foi preso na manhã desta terça-feira em Londres depois de se entregar em uma delegacia de polícia.

Assange responderá na Suécia por quatro
 acusações, inclusive estupro

Cinco pessoas, incluindo o jornalista e documentarista australiano John Pilger e a socialite britânica Jemima Khan, se ofereceram para dar garantias para o pagamento da fiança, mas a Justiça negou o pedido, e Assange deve permanecer detido até o dia 14 de dezembro.

Assange, de 39 anos, estava sendo procurado após a Suécia emitir contra ele um mandado de prisão internacional. Segundo um comunicado da polícia londrina, o fundador do WikiLeaks responderá na Suécia por quatro acusações de agosto de 2010, inclusive uma de estupro. Assange nega.

Durante sua aparição perante a corte em Londres nesta terça-feira, Assange afirmou que vai contestar o pedido de extradição para a Suécia.

Se o juiz distrital julgar que o pedido de mandado de prisão contra Assange é legalmente correto, ele poderá ser extraditado. No entanto, o processo poderá levar meses, especialmente depois de Assange ter afirmado que é contra a medida.


Liberdade de imprensa

Um porta-voz do site WikiLeaks afirmou que a prisão de Assange foi um ataque à liberdade de imprensa.

Kristinn Hrafnsson afirmou que o site não vai suspender as revelações de mais arquivos secretos e disse à agência de notícias Reuters que o "WikiLeaks está operando". "Continuamos no mesmo caminho de antes", acrescentou.

Da BBC.