Instituto Ricardo Brennand

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Comitê do Nobel da Paz pede libertação de ativista chinês premiado

Uma cadeira vazia representou o ativista chinês Liu Xiaobo, vencedor do Nobel da Paz deste ano, durante a entrega da premiação em Oslo, nesta sexta-feira.

Cadeira vazia representa Liu Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz

A ausência do principal homenageado - ou de algum de seus parentes próximos - marcou a cerimônia realizada na capital da Noruega.

Liu, de 54 anos, que cumpre pena em uma prisão no nordeste da China, recebeu por diversas vezes aplausos da plateia.

Durante a cerimônia, o presidente do comitê Nobel, Thorbjorn Jagland, fez um apelo para que a China liberte o ativista.

"O comitê Nobel sempre acreditou que existe uma conexão próxima entre direitos humanos e paz", disse Jagland no início da cerimônia. "Lamentamos que o homenageado não esteja presente."

Às vésperas da cerimônia de entrega, o governo da China deteve e restringiu liberdades de amigos, aliados e simpatizantes do ativista. A mulher do dissidente, Liu Xia, está em regime de prisão domiciliar.

Nas últimas semanas, a China tem realizado uma ampla campanha contra a concessão do prêmio a Liu.

A ONU diz ter relatos de que o governo chinês deteve pelo menos 20 ativistas, além de tentar impedir o trabalho da mídia ocidental.

Também foram noticiados pelo menos 120 casos de prisão domiciliar, restrições a viagens, cortes de acesso a telefone e internet, realocação forçada de pessoas e outros atos tidos como tentativas de intimidação por parte da China.

Da BBC.