O Ministério Público Federal investiga a compra da TV Record feita pelo bispo Edir Macedo.
O órgão alega que o bispo não teve aprovação de autoridades federais e que, comprovadamente, em 1990 ele não tinha recursos suficientes para fazer uma transação deste porte, o que leva à hipótese de que ele usou dinheiro doado por fiéis à Igreja Universal do Reino de Deus, dirigida por ele.
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| Edir Macedo, obra a transformação do dinheiro |
Atualmente, a TV Record de São Paulo é a segunda maior rede de televisão do país e com faturamento anual chegando a cerca de R$ 3 bilhões. Macedo já fez investimentos de centenas de milhões de reais.
O processo tem cerca de 2.500 páginas e a julgamento deve acontecer em 12 de janeiro de 2011. Nele, é indagado como um cidadão sem renda mensal - já que trabalha a serviço de Deus e ao próximo - e sem patrimônio pode se tornar dono de uma emissora de televisão deste tamanho com o ciente e o de acordo do Ministério das Comunicações, que deve fiscalizar esse importante setor de prestação de serviço público de radiodifusão de som e de imagem.
O caso, que tinha como relatora a desembargadora Salette Nascimento, substituída pelo juiz convocado José Eduardo Leonel Junior, se arrastou por dez anos no TRF da 3ª Região, sem solução aparente.
Além de Edir Macedo, também são réus Ester Eunice Bezerra, sua esposa, o senador Marcelo Crivella, Sylvia Crivella, TV Record de Rio Preto S/A, TV Record de Franca S/A e Rádio Record S/A (Canal 7 de São Paulo) e outros.
