O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, defendeu nesta quarta-feira a anulação integral da última prova do Enem, diante da confirmação da Polícia Federal de que houve vazamento da questão de redação para um candidato de Petrolina (PE), que foi avisado pela mãe, uma professora que teve acesso à prova horas antes de sua aplicação.
 |
| Ophir Cavalcante |
O Ministério da Educação afirma que não pretende cancelar o exame, alegando que somente uma pessoa teve acesso à prova, mas, para Ophir, não há nenhuma garantia de que ela só foi acessada por um candidato.
“Se a prova vazou para uma única pessoa que seja, integral ou parcialmente, o fato é que vazou; ninguém pode garantir que ela não vazou para 1 mil ou 2 milhões de pessoas – afinal, vivemos na era da internet e ninguém pode garantir que somente uma pessoa se beneficiou, isso seria tapar o sol com a peneira.
E se houve quebra do sigilo, como afirma a Polícia Federal, é caso de anulação, é uma questão inegociável do ponto de vista jurídico e moral”, afirmou o presidente da OAB.
