Teve início hoje no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia o julgamento do líder rebelde congolês Jean-Pierre Bemba. Ele é acusado de crimes de guerra cometidos oito anos atrás na República Centro-Africana. No entanto, em Bruxelas, muitos congoleses vêm Bemba como um herói e acreditam que ele seja vítima de um complô político.
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| Jean-Pierre Bemba |
“Bemba é um grande político e ainda é muito popular.” É o que diz um frequentador do centro comunitário Kumba, no bairro congolês Matonge, no coração de Bruxelas. A Bélgica, até 50 anos atrás colonizadora do Congo, tem uma significativa comunidade congolesa em sua capital. Litros de cerveja Jupiler estão nas mesas do Kumba, onde os congoleses gostam de se reunir. E discute-se com paixão o processo contra o líder rebelde Jean-Pierre Bemba.
País livre
Bemba, de 48 anos, é, segundo as acusações do Tribunal Penal, suspeito de ordenar “assassinatos, estupros e saques”. Mesmo assim, o rico e poderoso Bemba é visto como um herói para muitos em Matonge. Em 2006, ele perdeu as eleições para o atual presidente, Joseph Kabila, que é considerado pelos congoleses em exílio como um líder totalitário. Um antigo frequentador do Kumba diz: “Com Kabila o Congo voltou ao período negro do ditador Mobutu.”
