Instituto Ricardo Brennand

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Promotor vai acusar o PT no júri do caso Celso Daniel

 
Assobração ronda
a turma do PT

Nesta quinta (18), vai a júri popular o primeiro réu do caso Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André assassinado em 2002.

Chama-se Marcos Roberto Bispo dos Santos. Será julgado no Fórum de Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

Responsável pela acusação, o promotor Francisco Cembranelli vai injetar o PT na sustentação oral que fará diante dos jurados. 
Cembranelli

Para o promotor, Celso Daniel foi morto por encomenda de quadrilha que desviava verbas das arcas de Santo André para contas prticulares e para o caixa dois do PT.

“Havia um grande esquema de corrupção na Prefeitura de Santo André. A morte de Celso Daniel foi encomendada”, diz Cembranelli.

O ex-prefeito foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, numa estrada de terra de Itapecerica.

Segundo o promotor, Celso Daniel “tinha ciência da corrupção” que roía os cofres do município. Por isso, “contrataram sua morte quando ameaçou tomar providências”.

“Está documentado”, diz Cembranelli. “Existem vários processos em Santo André contra essas pessoas que dilapidaram o patrimônio público...”

O início do júri devolverá às manchetes um fantasma que retorna de tempos em tempos para assombrar o PT e diversos amigos de Lula.

Dias atrás, a Justiça Federal converteu em réu numa ação penal sobre o caso o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e o PT.

Lula, Gilberto Carvalho (acusado) e Dilma,
desde criancinhas grandes amigos 
Gilbertinho, como Lula o chama, é acusado de transportar verbas desviadas de Santo André para o então presidente do PT, José Dirceu. Ele nega a acusação.
José Dirceu, o grande beneficiário do esquema,
segundo o promotor Cembranelli
Marcos Bispo deve ser julgado à revelia. Procurado por um oficial de Justiça na semana passada, ele não foi encontrado.

O juiz Antonio Augusto Galvão de França, de Itapecerica, decretou a prisão do réu. Advogado do acusado, Adriano Marreiro dos Santosdiz, orientou o seu cliente a não comparecer ao júri.

De Josias de Souza.