Instituto Ricardo Brennand

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Partilha ministerial já desagrada parlamentares PT e PMDB

Bancadas dos dois partidos na Câmara afirmam que nomes definidos não foram negociados com o Congresso e apontam riscos para a governabilidade

Denise Madueño, Eugênia Lopes e Christiane Samarco, Estadão.com

O PT e o PMDB na Câmara estão convencidos de que, por enquanto, só o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está satisfeito com a montagem do ministério de Dilma Rousseff. E já ameaçam criar problemas para a presidente eleita.

A quem presidenta Dilma deu mais bolinho do poder?

Parlamentares dos dois partidos ficaram irritados com a indicação à revelia das bancadas do petista Paulo Bernardo para as Comunicações e do peemedebista Sérgio Côrtes, na pasta da Saúde.

Ignorados no processo de escolha, petistas e peemedebistas – incluído aí o vice-presidente eleito, deputado Michel Temer (PMDB-SP) – não conseguiram, até agora, emplacar seus indicados e sentem-se desprestigiados.

Os mais nervosos advertem que está em jogo a governabilidade no mandato de Dilma, porque serão os deputados que vão votar os interesses do Palácio do Planalto no Congresso.

Os nomes do PT e do PMDB já divulgados não passaram pelas bancadas federais, nem tampouco são ministros com os quais os parlamentares que dão sustentação ao governo no Congresso se identificam.

A exemplo do que fez Lula, os dois partidos apontam uma manobra para impingir mais uma vez aos deputados o apadrinhamento de ministros na cota da bancada.

De Noblat.