Instituto Ricardo Brennand

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Enem: Lula e Haddad tentam tapar o sol com a peneira

Mesmo com os sucessivos escândalos e denúncias em aplicações de provas do Enem, o presidente Lula e o seu ministro da Educação, Fernando Haddad, tentaram minimizar os estragos causados no exame, hoje alvo de críticas e perda de credibilidade.

Ministro da Educação e presidente explicam o inexplicável
Em continente africano e bem longe da realidade vivida pelos estudantes neste fim de semana, Luiz Inácio afirmou que muitas pessoas não se conformam com o Enem e querem de todas as formas acabar com ele. "Tem muita gente que quer que afete. Até hoje tem gente que não se conforma com o Enem. Mas, de qualquer forma, ele provou que é extraordinariamente bem sucedido", disse.

O petista sempre usou a tese da conspiração e do jogo de elites contra a classe menos favorecida para justificar o injustificável.

O presidente não perdeu a oportunidade para encontrar uma espécie de "bode expiatório" para o falho sistema do Enem e culpa um jornalista de Pernambuco (JC Online) por isso.

O profissional em questão, tentou demonstrar que a prova tinha deficiências de segurança. "Um jornalista tentou demonstrar que havia uma fraude ou uma fragilidade do sistema. É muito difícil lidar com a seriedade quando você tem pessoas que não agem com seriedade. A polícia Federal está investigando", afirmou Luiz Inácio.

Fernando Haddad afirmou em entrevista coletiva que o ministério irá tentar reverter a decisão da Justiça Federal do Ceará de suspender, em caráter liminar, o Enem.

O ministro disse ainda que não trabalha com a hipótese de anular o exame nem de refazer as provas aplicadas no sábado para todos os inscritos mesmo com as inúmeras queixas de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação e a gráfica responsável pela impressão admitiram as falhas.