Instituto Ricardo Brennand

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ana Arraes quer o nome de Bárbara Pereira de Alencar inscrito no “Livro dos Heróis da Pátria”

A deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) apresentou projeto de lei inscrevendo o nome de Bárbara Pereira de Alencar no “Livro dos Heróis da Pátria”, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. Para justificar a homenagem, Ana Arraes diz que Bárbara Pereira de Alencar foi uma das primeiras heroínas Brasileiras.

Bárbara Alencar
A heroína nasceu em 11 de fevereiro de 1760 em Exu, Pernambuco, na fazenda Caiçara, de propriedade de seu avô Leonel Alencar Rêgo, patriarca da família Alencar.

Adolescente, Bárbara mudou-se para a então Vila do Crato, no Ceará, e casou-se com o comerciante português José Gonçalves dos Santos. Teve quatro filhos: João Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar, pai do romancista José de Alencar.

Bárbara de Alencar e seus filhos abraçaram com todo fervor as lutas da Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador de 1824, cujo objetivo era libertar-se do jugo português e instituir um sistema republicano de governo.

A 29 de abril de 1817, por determinação do Governo Revolucionário de Pernambuco, a família Alencar, sob o comando da matriarca, recebe a missão de libertar o Ceará da dominação portuguesa, o que ocorre no dia 3 de maio do mesmo ano, quando o Diácono José Martiniano de Alencar subiu ao púlpito na Matriz do Crato e proclamou a independência e a República.

Em consequência, Bárbara de Alencar, perseguida,  fugiu para a Paraíba,  onde foi presa. Qualificada entre os presos “infames cabeças”, foi enviada para Icó, Ceará, depois para Fortaleza, onde, posteriormente, foi recambiada para Recife e, depois, transferida para prisão na Bahia, onde foi cruelmente tratada.

No seu cárcere, no subsolo, uma pequena cela de tortura que não cabia um homem em pé, recebia uma só refeição por dia. Libertada três anos depois, faleceu em 28 de agosto de 1823 na sua fazenda, Touro, Piauí.

De Jodeval Duarte

Blog de Inaldo Sampaio